10 Golpes Online que Roubam Milhares de Pessoas Todos os Dias (e Como Se Proteger)
Hoje em dia, navegar na internet virou parte da nossa rotina: pagamos contas, compramos produtos, conversamos com amigos e até trabalhamos remotamente. Neste post, você vai conhecer em detalhes as 10 modalidades de golpes online que mais lesionam brasileiros nos ultimos anos e entender como cada uma funciona e aprender medidas práticas para não virar mais uma vítima.
Renan Oliveira
5/5/20256 min read
1. Golpe da Mão Fantasma
Imagine receber uma ligação do “seu gerente de banco” dizendo que houve uma transação suspeita na sua conta. Ele pede que você confirme o código SMS ou informe números do seu autenticador de dois fatores para “bloquear imediatamente” o acesso.
Aí começa o drama: mesmo com o número oficial (como 4004-00xx), o fraudador convence você a passar todos os códigos — e, em alguns casos, até manda um motoboy para retirar o cartão.
Por que funciona? Medo de perder dinheiro e confiança na “voz do banco”.
Como evitar:
Desligue e ligue de volta usando o número oficial do seu banco (disponível no site ou aplicativo).
Nunca informe códigos de autenticação a quem liga.
Se desconfiar, vá pessoalmente a uma agência ou acesse o internet banking.
Confira informações oficiais no site do Banco Central: https://www.bcb.gov.br
2. Golpe dos Falsos Vendedores de Marketplaces
Você recebe uma mensagem dizendo que sua venda no Mercado Livre “precisa de uma atualização urgente” e, ao clicar num link, acaba instalando um app malicioso ou entregando suas credenciais.
Os golpistas se passam por atendentes, usam logos reais e falam “faxina” em uma venda contestada.
Por que funciona? Confiança em grandes plataformas e links que parecem oficiais.
Como evitar:
Nunca acesse o site via link de mensagem: abra o app oficial do Mercado Livre ou do seu marketplace.
Atualize sempre pelos canais oficiais (Google Play ou App Store).
Ative a autenticação de dois fatores nas suas contas de venda.
Veja orientações no próprio Mercado Livre: https://www.mercadolivre.com.br/seguranca
3. Golpe do Processo Judicial
Já existe um processo no seu nome, diz a pessoa, e você precisa pagar uma “taxa” ou “imposto” para liberar valores bloqueados em sentença. O golpista usa o nome de advogados reais e até fotos do site do tribunal para dar credibilidade.
Por que funciona? Informações de processos são públicas e reproduzíveis.
Como evitar:
Consulte o andamento diretamente no site oficial do Tribunal de Justiça do seu estado (ex.: https://www.tjsp.jus.br).
Fale com seu advogado de confiança antes de fazer qualquer pagamento.
Tribunais não cobram taxas por telefone: guias são geradas via portal ou despachante judicial.
4. Golpe do Falso Acordo Judicial
Você fez uma reclamação no Reclame Aqui (ou Consumidor.gov.br) e recebe uma ligação dizendo que, para “compensar”, basta fazer um novo pagamento para receber benefícios extras (upgrade de viagem, bônus, créditos etc.). Quando você paga, não vê nada de volta.
Por que funciona? Apelo emocional e falsa gratidão pela reclamação.
Como evitar:
Empresas não cobram para indenizar ou oferecer bônus após reclamações.
Reclamações oficiais são gratuitas: https://www.reclameaqui.com.br e https://www.consumidor.gov.br.
Desconfie se pedirem PIX ou tipo de pagamento para “liberar” acordo.
5. Golpe do Emprego
Oferta perfeita: vaga de R$ 5 000 a R$ 15 000 mensais, basta se cadastrar e pagar uma taxa de inscrição via PIX ou baixar um “app de seleção”. Você envia dados pessoais, códigos e até instala malware.
Por que funciona? Crise econômica, promessa de alta renda fácil e pouca verificação prévia.
Como evitar:
Cadastre-se apenas em sites de emprego consolidados, como https://www.vagas.com.br ou https://www.infojobs.com.br.
Empregadores não cobram para aplicar a vagas.
Pesquise o nome da empresa, leia avaliações no Google e no LinkedIn.
6. Golpe do Presente
A ligação é de uma marca famosa dizendo que você ganhou um kit de cosméticos ou uma cesta de produtos. Para confirmar o envio, pedem uma selfie ou código do seu autenticador. Depois, suas contas são esvaziadas via PIX ou compras de empréstimo.
Por que funciona? Atração por brindes “grátis” e boa reputação das marcas.
Como evitar:
Marcas legítimas não solicitam selfies nem códigos de segurança.
Confira em sites oficiais de fabricantes se há promoções ativas.
Se duvidar, acesse o site da marca diretamente (exemplo: https://www.nestle.com.br para cosméticos imaginários).
7. Golpe do intermediário na Venda de Carros
Você anuncia seu carro num site de compra e venda. O golpista se apresenta como comprador, manda “primos” para vistoriar e, depois, orienta depósito em conta de um “parente”. Quando você vai entregar o veículo, ninguém aparece e o dinheiro some.
Por que funciona? Dados pessoais expostos em anúncios e baixa checagem do destino dos valores.
Como evitar:
Combine sempre local público para pagamento, de preferência dentro de agência bancária.
Desconfie de intermediários: negocie diretamente com o usuário cadastrado na plataforma (ex.: https://www.olx.com.br).
Confirme sempre o CPF/CNPJ do comprador antes de liberar o veículo.
8. Golpe de Clonagem de SIM/WhatsApp
Criminosos transferem seu número para outro chip (clonagem de SIM), acessam seu WhatsApp e enviam mensagens pedindo dinheiro ou dados aos seus contatos.
Por que funciona? Procedimentos de portabilidade falhos e pouca verificação pelas operadoras.
Como evitar:
Solicite à sua operadora bloqueio de portabilidade sem senha (ex.: Anatel: https://www.anatel.gov.br).
Ao receber mensagem de contato antigo dizendo “mudei de número”, peça confirmação por áudio datado.
Ative verificação em duas etapas no WhatsApp.
9. Golpe de Perfil ou Página Falsa
Você acessa um perfil clonado de uma loja ou pessoa influente e faz compras com preços absurdos. Depois, descobre que não há entrega e não há quem responda pelos produtos.
Por que funciona? URLs e imagens idênticas, anúncios ranqueados em buscadores.
Como evitar:
Verifique o domínio oficial (olhe cuidadosamente o URL na barra do navegador).
Procure selos de segurança (cadeado verde) e reviews de outras pessoas.
Utilize o Google Safe Browsing para checar sites: https://transparencyreport.google.com/safe-browsing/search
10. Golpe do Motoboy
Você recebe uma nova ligação da “central de fraude” do banco, que diz que vai cancelar seu cartão. Para isso, envia um motoboy pedir seu cartão “cortado ao meio”. Ao receber, você entrega e o fraudador clona o plástico e os dados de tarja magnética continuam válidos.
Por que funciona? Confiança na figura do motoboy e urgência passada pelo golpista.
Como evitar:
Bancos não enviam motoboy para recolher cartões.
Desligue imediatamente e entre em contato oficial por app ou telefone do banco.
Se necessário, vá pessoalmente à agência.
Sua Melhor Defesa é a Atenção
Mesmo com tecnologias de ponta, a principal vulnerabilidade é quem está do outro lado do teclado.
Todos esses golpes exploram emoções — urgência, ganância, bondade — e confundem quem não sabe exatamente o que fazer.
Para se proteger:
Pausa e verificação: Antes de clicar, pagar ou informar dados, respire fundo e confirme a fonte.
Use canais oficiais: Entre sempre por aplicativos, sites ou números encontrados em documentos oficiais.
Autenticação extra: Ative o máximo de proteção – MFA, gerenciador de senhas e bloqueio de portabilidade.
Educação contínua: Compartilhe este post, assine boletins de segurança e acompanhe órgãos como o Banco Central e a Anatel.
Mantenha-se informado, ajude quem está ao seu redor e transforme a desconfiança em sua maior aliada. Assim, você garante uma experiência online mais segura e tranquila.
Até a próxima e fique sempre atento!
